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Passagem de avião a R$200,00? Concurseiros serão beneficiados?

Atualizado: 14 de mar. de 2023



Os concurseiros poderão ser beneficiados com Programa que viabiliza descontos nas passagens aéreas.


O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, pretende lançar, no segundo semestre de 2023, o Programa "Voa Brasil".


Este Programa está sendo formatado para que um público específico, com renda de até R$ 6,8 mil, possa comprar passagens aéreas a R$ 200 - por trecho - para qualquer parte do país.


Se a formatação do programa ocorrer bem, o ministro acredita que poderá iniciar o Voa Brasil no segundo semestre, utilizando 5% da capacidade ociosa das aeronaves.


Esta porcentagem vai escalonando a cada semestre, até chegar a 20% no quarto semestre de funcionamento do programa.


A boa notícia é que o "Voa Brasil" será voltado para estudantes, aposentados e servidores públicos.


Com isso, um concurseiro que comprove a condição de estudante e que possua uma renda de até R$ 6,8 mil, poderá ser beneficiado ao realizar uma prova de concurso em um Estado diferente do seu local de morada, por exemplo.


O objetivo é usar a ociosidade nos voos em determinados períodos do ano para garantir que pessoas que hoje não possam voar tenham essa oportunidade.


"O que estamos buscando é comprar a ociosidade dos espaços. As companhias brasileiras chegam na faixa de 30 milhões de passageiros, cada uma delas, operando com 78% a 80% de vagas ocupadas. Outras 20% saem vazias. Eu quero essas vagas para as pessoas que não voam", disse França.


A ideia do governo é fazer um acordo com companhias aéreas brasileiras para a venda de assentos excedentes.


Na avaliação do ministro, o programa Voa Brasil vai provocar uma redução de preço geral nas passagens, uma vez que reduz a ociosidade enfrentada pelas companhias áreas.


Abaixo, veja perguntas e respostas sobre o "Voa Brasil"


A quem o programa é destinado?

  • Servidores públicos municipais, estaduais e federais, e também aposentados, pensionistas e estudantes que tenham Fies.

Quantas passagens o governo pretende emitir?

  • Cerca de 12 milhões de passagens por ano, para cobrir a ociosidade nos voos que chega a 21% (de lugares vazios) em determinadas épocas.

Quanto custaria?

  • R$ 200 o trecho.

Quando esses voos aconteceriam?

  • O governo quer usar o espaço ocioso nos voos, o que significa que eles aconteceriam nos períodos intermediários, fora da época de férias. Assim, seria possível garantir passagens mais baratas da metade de fevereiro a março, abril, maio e junho, e depois em agosto, setembro, outubro e novembro.

Quando o governo pretende começar o programa?

  • De acordo com o ministro, a ideia é iniciar ainda no segundo semestre.

Como seria operacionalizado?

  • O governo quer usar Caixa ou Banco do Brasil para fazer essa operacionalização. E aí, Márcio França dá um exemplo. "Se a pessoa fizer o pagamento antecipado das doze prestações, por exemplo, um casal pode comprar duas passagens. Duas passagens vai dar R$ 800 reais ida e volta. São 12 prestações de R$ 72 reais. Então, fica viável para todo mundo. E se a pessoa quiser antecipar e fazer antecipado, aí não fica limitado a essas pessoas que eu te falei. Outras pessoas também poderão fazer", explicou o ministro

Qual vai ser o limite de renda?

  • Até R$ 6.800 de salário mensal.

O governo vai dar algum subsídio para as companhias?

  • Não. A ideia é que o governo sirva apenas como um intermediário do processo, por meio da Caixa e do Banco do Brasil.

Onde os beneficiados encontrarão essas passagens?

  • No próprio site da companhia, preenchendo a categoria 'Voa Brasil', a partir do CPF que já estará cadastrado no sistema.

Haverá um limite para a quantidade de passagens?

  • Sim. "Duas passagens para cada um ao ano, então qualquer aposentado pode comprar a sua e da sua esposa, ou de um filho e vice-versa, e nesse caso o governo não entra com subsídio. Aliás, ele até ajuda a financiar, mas é uma tarefa da Caixa financiar. A única diferença é que essas pessoas que eu estou lhe falando têm uma renda garantida. Então, vai ser na verdade uma espécie de consignado. Quando ela dá o ok lá, vai ser descontado do valor do pagamento da previdência dela, ou do salário dele. Enfim, essa é a vantagem que não tem banco (privado). Não tem intermediação de banco e é portanto uma coisa 100% sem inadimplência", explicou. Qual a meta do governo para os primeiros meses do programa?

  • Segundo o governo, o objetivo é utilizar pelo menos 5% da ociosidade dos voos no segundo semestre deste ano. "No primeiro semestre do ano que vem, 10%, no outro 15% e no outro 20%. Para ir integrando", afirmou o ministro. As demais passagens aéreas vão ter preço menor?

  • O governo acredita que sim. Segundo Márcio França, com a redução da ociosidade, a expectativa é a de que as companhias possam cobrar preços menores para passagens comuns. "É claro que nós temos uma luta paralela a isso para que alguns preços que são muito diretamente ligados a passagens, por exemplo o preço do querosene de aviação. É o preço mais caro do mundo Ele está R$ 1 mais caro que no restante do mundo todo. A gente quer que o preço seja reduzido, é muito importante, mas as companhias estão fazendo o seu papel. Ou seja: oferecendo algo governo: o voo mais barato para muitas pessoas", disse Márcio França.

Obs.: "perguntas e respostas" - fonte: Jornal o Tempo




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